UMBANDA e os aspectos metafísicos e transcendentais da abertura dos trabalhos




UMBANDA e os aspectos metafísicos e transcendentais da abertura dos trabalhos


O ritual de abertura de uma gira de Umbanda é um dos mais importantes e determina toda a sustentação vibratória magística com os Orixás, que serão fundamentais para a atuação mediúnica dos benfeitores espirituais. 

 Não por um acaso é um momento ritualizado, que exige disciplina, silêncio e concentração, que devem ser acompanhados de atitudes mentais e disposições emocionais imbuídas da mais alta fraternidade e amor ao próximo. 

Ocorre que são momentos que antecedem – abrem – o acesso a um plano supra físico e atemporal, o qual vai sendo criado e desenvolvido no interior de cada um dos médiuns presentes à sessão, proporcionalmente ao grau de união e uniformidade ritualística que se tenha para esse momento na corrente, objetivando a criação e sustentação da egrégora pela emanação mental dos componentes da corrente, aos quais os espíritos do lado de lá atuarão “ancorados” para se manifestarem através do canal mediunidade.


Abrir os trabalhos é “destrancar” nosso templo interior de medos, recalques e preconceitos para sermos "ocupados" pelos Guias Espirituais. Todos participando de um mesmo ideal – doação ao próximo – somente com a calma interior, abstraindo-se dos pensamentos intrusos que preenchem a mente com preocupações ligadas às inseguranças diárias da sobrevivência na matéria, esvaziando o psiquismo periférico sintonizado aos sentidos ordinários do corpo físico, indo ao encontro do verdadeiro Eu Interno, a essência espiritual imorredoura e atemporal que anima cada um de nós, em silêncio e serenados, conseguiremos ser instrumentos úteis de trabalho aos nossos mentores, enviados dos Orixás.


Por mais que tenhamos elementos de ritos, defumação, atabaques, folhas, cheiros e sons, que nos dão as percepções que nos estimulam através de símbolos que podem ser visuais, sonoros ou estar em palavras faladas e alegorias litúrgicas, é somente por meio da elevação psíquica interna de cada membro da corrente mediúnica, que poderemos conseguir chegar ao padrão vibratório coletivo necessário ao alinhamento com as falanges espirituais que nos envolvem de maneira consciente, efetiva e amorosa. 

Devemos viver e sentir com intensidade o que está se passando durante a abertura dos trabalhos. Nessa ocasião está sendo levado a cabo um momento sagrado de expansão das nossas potencialidades anímicas, mediante forças cósmicas que nos permitirão sintonizar às instalações do nosso templo interior, e estar em contato com o benfeitor espiritual que nos guia mediunicamente e protege durante todos os atendimentos caritativos dos consulentes. 

A criação da verdadeira egrégora coletiva, se dará, na medida em que, todos os membros de uma corrente estejam conscientes de que tudo acontece no plano sutil, oculto as nossas percepções sensórias ordinárias, não sendo um simples formalismo ritualístico, repetitivo, enfadonho, para podermos começar a sessão.


Infelizmente, muitas vezes certos médiuns estão desconcentrados, olhando para os lados, absortos, entediados, atentos ao relógio, com os semblantes pesados, cheios de preocupações, e não por um acaso ao final dos trabalhos não estão bem com algum espírito sofredor “colado” em suas auras, pois o afim atrai o afim, carecendo estes médiuns, de atendimento e dedicação dos demais membros da corrente.

 É necessário o esclarecimento seguido, pelos dirigentes do sentido mais amplo da abertura dos trabalhos mediúnicos de uma sessão de caridade umbandista, orientando quanto aos seus aspectos esotéricos, metafísicos e transcendentais. É imperiosa a conscientização de todos os participantes dos trabalhos práticos de umbanda, buscando-se sempre a coesão e a uniformidade da corrente, e assim mantendo-se a sustentação vibratória pelo intercâmbio mediúnico superior. 

No mais das vezes, sempre que ocorre “quebra” de corrente, verificamos que a abertura dos trabalhos estava desconcentrada. Noutras ocasiões, quando o medianeiro efetivamente está com interferência espiritual externa que influencia seu psiquismo negativamente, deve ser afastado ”provisoriamente” dos trabalhos para ser atendido espiritualmente obtendo o tempo necessário para refletir sobre seu estado mental, mudando sua condição psíquica e emocional, que estão prejudicando-o como médium junto a uma coletividade.

Muita paz, saúde, força e união,

NORBERTO PEIXOTO


Olá, sou Anna Pon, autora deste blog. 
Conheça meu trabalho de psicografia literária e seja sempre bem-vindo!  


"Vô Benedito nos Tempos da Escravidão" novo trabalho psicografado por Anna Pon. 
Transmitido por Vô Benedito (Espírito)
Já à venda no Clube de Autores e nas melhores livrarias do Brasil
Nas versões impresso e e book acesse o link!



"Maria Baiana e a Umbanda"
Uma psicografia de Anna Pon pelo espirito de Maria Baiana
Disponível nos formatos e book e capa comum, já a venda em
Amazon.com





Publicações pela Editora do Conhecimento

"A História de Pai Inácio" https://bit.ly/3tzR486  

"A Cabana de Pai Inácio"  https://bit.ly/3nlUKcv


"Carmem Maria" https://bit.ly/3z0tLp4




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Flores para os Orixás

São José - Sincretizado com Xangô

Firmeza e Assentamento (Umbanda)