Um caso de amarração (conto de Vovó Cambinda da Guiné )




Um caso de amarração ( conto de Vovó Cambinda da Guiné )

Era um dia comum de atendimento no terreiro onde Vovó e sua médium trabalhavam.

Entre um atendimento e outro, Vovó chamou seu Cambone para conversar, estabelecendo o seguinte diálogo:

- Meu filho, ouça bem! Daqui a alguns dias atenderemos uma pessoa que virá pedir à nega que faça um trabalho de amarração. Fique atento e preste muita atenção! Quero que não julgue a pessoa, nem a mande embora, deixe que a nega cuide dela. O que você vai fazer é só prestar atenção no atendimento sem julgar ou pensar mal da pessoa. Estamos entendidos?

- Sim Vó. – respondeu o Cambone ressabiado, porém, acrescentando: -

- Só queria dizer uma coisa Vó, se me permite.

- Pode falar.

- Nosso terreiro é proibido de realizar trabalhos assim. Até mesmo de atender pessoas que venham com tal pedido não é permitido. Como faremos então? Isso pode me complicar com o chefe Vó.

- Não se preocupe filho. Eu mesma falarei com o chefe e sei que ele permitirá que eu atenda a pessoa. Não pense que a Vó vai fazer a amarração filho, é claro que não. Você conhece a nega o suficiente para saber que não faço trabalhos assim. Quero apenas que preste muita atenção no trabalho que a nega fará com a pessoa, só isso.

- Está bem Vó! Desculpe. Confio muito na senhora e sei que, se vai atender a pessoa é porque ela está muito necessitada.

- Isso mesmo filho. Você começou a entender o atendimento. Devemos sempre abrir nossos braços para atender os filhos de Deus necessitados e em sofrimento sem julgar, sem pedir nada em troca, sem expulsa-los antes de pelo menos tentar ajudá-los a caminhar pelos bons caminhos.

O Cambone entendeu o objetivo de Vovó Cambinda e sossegou seu coração.

O tempo passou sem que se apresentasse a mencionada pessoa para o atendimento, fato que muito aliviava o coração do Cambone dedicado, porém, recado de Preta Velha é recado de Preta Velha e deve ser muito bem conservado na memória, mesmo porque o tempo para eles, entidades, é diferente do nosso que corre aqui na Terra.

E o tempo seguiu passando e apagou, com sua ação, da memória do Cambone, o recado da Vovó. Foi justamente nesse período de total esquecimento do Cambone que a tal pessoa apareceu em busca de atendimento.

Mais uma gira de Pretos Velhos se abria no terreiro. Os médiuns, felizes e bem dispostos, davam boas vindas aos Iluminados Pretos com muita fé e amor no coração. O clima era de total harmonia e paz. Cumprido então, o ritual de abertura da gira, começaram os atendimentos.

Vovó Cambinda trabalhava alegremente com sua médium a todos iluminando e abençoando com suas palavras caridosas e sábias até que a tal pessoa apareceu, sentou-se em frente a ela e fez o pedido fatal: queria que Vovó fizesse um trabalho de amarração em caráter urgente.

O Cambone de Vovó reagiu imediatamente, pois havia esquecido o recado dado há tempos.

Ela então, com todo o carinho e sabedoria de alma iluminada, chamou a atenção do Cambone dizendo:

- Meu filho não anda cuidando bem da memória, não é mesmo?

- Como assim Vovó? – perguntou surpreso o Cambone esquecido. –

- Meu filho permitiu que o tempo apagasse de sua memória um recado importante dessa nega!

Envergonhado o Cambone se desculpa com Vovó e com a consulente, porém, amedrontado pelas consequências que tal atendimento traria, perguntou a Vovó se não seria melhor chamar o chefe para saber dele se a autorização para tal trabalho ainda se encontrava de pé.

Vovó, sorrindo como sempre, aproveitou a deixa para aplicar em seu Cambone querido uma sábia lição:

- Meu filho! Palavra de chefe não perece e nem se apaga da memória. O tempo não interfere na ação do bem. Se ele nos autorizou ontem é porque confiou e sabe que o trabalho a ser feito não marca nem hora nem dia para aparecer, ele simplesmente nos convoca ao trabalho no momento certo, simples assim. Você, ao contrário, permitiu que o tempo fosse traiçoeiro com sua memória, apagando dela uma advertência muito importante. Não permita mais meu filho que o tempo seja cruel com você, procure não esquecer os bons conselhos e as advertências da espiritualidade amiga e comprometida com as causas do bem. Não se apegue e nem se iluda com o tempo, mesmo porque ele tanto pode passar num piscar de olhos quanto pode durar a eternidade. Sempre sábio em seus desígnios, é só Deus que sabe o tempo certo para que tudo aconteça dentro da mais perfeita ordem.

Mais ainda envergonhado, o Cambone se desculpa ainda uma vez, porém, dessa vez, procurou absorver a lição gravando-a profundamente em sua memória e em seu coração.

Vovó seguiu o atendimento procurando, com toda a sua calma, aplacar a urgência daquele coração que viera até ela em busca de um trabalho de amarração:

- Então a filha veio procurar Vovó para amarrar alguém a quem a filha quer muito, é assim?

- Sim. É isso. Preciso que esse trabalho seja feito hoje mesmo. Não aguento mais viver sem ele, a minha vida não faz sentido e eu o quero para mim, quero e preciso dele ao meu lado... Estou disposta a pagar o preço que a senhora quiser contanto que o faça voltar para mim e seguir vivendo comigo.

A essas alturas, o Cambone, que ouvia a conversa, começou a se sentir incomodado e mais uma vez Vovó interrompeu o atendimento para lhe falar:

- Filho?

- Sim Vovó. Precisa de alguma coisa? – perguntou preocupado o Cambone. –

- Preciso sim meu filho! Preciso que se lembre daquele tal recado que te passei com detalhes e aquiete a sua mente, serenando seu coração. Lembra do que disse Jesus um dia? Se não é capaz de lembrar-se do recado da nega, pense pelo menos nas palavras de Nosso Mestre.

E mais um pedido de desculpas ecoou naquela conversa constrangedora.

- Filha? Está mesmo disposta a pagar o preço desse trabalho?

- Sim estou. É só dizer quanto e pago agora mesmo.

- Olhe que o preço pode ser alto!

- Não tem importância. Se for para tê-lo de volta, pago com gosto!

- Certo! Então vamos começar o trabalho agora mesmo. – disse sorrindo Vovó Cambinda enquanto manuseava algumas ervas. –

- Pegue esse tercinho aqui minha filha. É pequeno, porém, muito poderoso! Pegue.

A consulente segurou com força o pequeno terço e, ansiosa, aguardava as orientações da Vovó:

- Agora quero que se sente ali, na assistência onde estão as outras pessoas e reze esse tercinho com muita fé. Enquanto isso, quero que converse com Deus, que é Pai de todos nós e nos ama sem condições, e fale com Ele sobre suas razões para querer amarrar alguém, ou melhor, outro filho amado Dele, a você, mesmo que assim ele não deseje ou queira.

- A senhora está brincando? – perguntou irritada a consulente. –

- Não! Não é brincadeira não minha filha! Vá lá faça isso com muita fé e volte a falar comigo na semana que vem.

- Mas isso não é trabalho de amarração! Escute! Ouvi falar muito bem da senhora, pessoas me disseram que a senhora resolve qualquer problema de qualquer ordem! Então? Por qual razão não quer me ajudar?

- Estou lhe ajudando minha filha! Eu trabalho assim. O que lhe disse faz parte do trabalho que farei porque você me pediu!

- Nunca vi trabalho de amarração feito assim, com reza e...

- E?

- E conversa com Deus! Se a senhora não quer fazer o trabalho fale logo e não me faça perder tempo.

- Me responda uma coisa minha filha. Se você conhece como se faz trabalho de amarração, porque não faz você mesma por sua conta e risco ao invés de pedir a essa nega hein minha filha?

Silencio. O Cambone estava a ponto de explodir, porém, dessa vez, preferiu esperar e confiar na Vovó.

- Não sei fazer trabalho nenhum não senhora. Apenas sei o que algumas amigas me contaram sobre como normalmente são feitos esses trabalhos.

- Então me diga mais uma coisa; o trabalho que suas amigas mandaram e pagaram para ser feito deu certo?

- Acho que sim, mas se elas disseram que mandaram fazer é porque deu certo, não é?

- Não sei. Isso quem deveria saber é você minha filha.

- Pois é, vou investigar, mas e agora? É prá fazer isso mesmo que a senhora me pediu? Tem certeza? Estou achando isso muito estranho!

- Fazer ou não é você quem decide minha filha. Todos somos livres para escolher os nossos caminhos, mesmo que você esteja querendo violar esse direito que esse moço em questão também tem.

- Eu acho que ele gosta de mim também, caso contrário eu não estaria aqui, pedindo esse trabalho para a senhora. Acontece que ele está enfeitiçado, por isso pensa que não me quer e que já não gosta mais de mim. Entende?

- Não, eu não entendo minha filha. Como sabe que ele está enfeitiçado? Quem foi que te disse isso?

- Ninguém me disse nada, apenas deduzi isso porque ele mudou muito comigo de uma hora para a outra, assim, sem explicação, ele passou a me evitar e ignorar. Isso só pode ser feitiço, concorda?

- Não filha, não concordo não. Ninguém precisa de feitiço para mudar de conduta, talvez, ele tenha mudado aos poucos e você não percebeu, ou quem sabe tenha sido você mesma a afastá-lo.

- Como assim? Eu sempre fui muito carinhosa com ele, sempre fiz questão de estar presente quando por algum motivo ele precisava de ajuda, sempre o cerquei de cuidados, fiz tudo o que pude por ele, portanto, isso que a senhora diz não faz sentido para mim.

- Está certo minha filha. Então? Vamos continuar com nosso trabalho?

- Sim. Só me diga o preço, preciso reservar o dinheiro para poder pagar no final do trabalho e, tem mais, só farei o pagamento caso fique satisfeita com o resultado, do contrário, nada de pagamento.

Nesse ponto da conversa o Cambone, já visivelmente contrariado, quase interviu, porém, foi barrado por um singelo, mas, firme aceno de mão da Vovó.

- Não se preocupe com o pagamento minha filha, já alertei que o preço pode ser alto e já entendi que está mesmo disposta a pagar, não se preocupe, vamos seguir adiante com nosso trabalho. Agora vá e faça o que recomendei, aliás, faça mais, até a semana que vem, quando aqui você voltar, deve repetir as orações e a conversa com o Pai todos os dias. Pense em você, no rapaz e aproveite para colocar sua conversa com Deus em dia, vai ser bom prá você. Na semana que vem nos veremos de novo e vamos continuar a conversa.

- Está bem, mas continuo achando tudo isso estranho demais. Aliás, pode me dizer em quanto tempo obterei resultado?

- O resultado virá no tempo certo. Cuide dessa sua ansiedade fazendo o que lhe recomendei, vai ajudar muito.

A consulente se despediu da Vovó e do Cambone sem cortesia alguma, irritada, deixou o terreiro sem se sentar na assistência como fora recomendado, saiu esbravejando e transtornada.

Diante de tal atitude, já esperada, o Cambone então decidiu perguntar a Vovó sobre o assunto:

- Vó? Viu como ela saiu? Ela não fez o que a senhora mandou e ainda saiu cuspindo fogo! Nossa Senhora!

- Não se espante com isso não meu filho! Se fossemos atender apenas as pessoas sãs, que nos compreendem e acatam nossos conselhos e orientações, não seriamos os médicos das almas, mensageiros do Divino Amigo que a todos acolhe e cura!

- A senhora está certa! Sabe Vó, esse atendimento, muito embora esteja me deixando contrariado e nervoso, já me ensinou muito sobre o trabalho lindo que vocês, os Pretos de Nossa Umbanda realizam!

- Você ainda não viu nada filho, isso é apenas refresco, mas não se preocupe, no tempo certo você ainda vai aprender muito mais, fique tranquilo e confie nessa nega.

- Sempre confiarei! A senhora é linda demais de alma Vovó!

- Quem me dera filho! Tenho ainda muita lenha prá queimar no forno! – falou sorrindo Vovó de sua maneira branda, sábia e peculiar. –

- E quanto à moça? Será que ela volta ou vai jogar o tercinho fora e procurar alguém que a engane e atenda seu desejo insano?

- Ela volta! Resolvi atende-la meu filho porque ela está doente e necessitada. Esse desejo dela é mera enganação que os maus espíritos estão incutindo na mente dela. Ela pode não parecer, mas é boa pessoa. Sempre que pode, faz caridade espontânea, além do que é médium nata, pronta pro trabalho de amor, só que ainda não sabe.

- Nossa Vó! É mesmo?

- Sim meu filho! Ela ainda será uma boa trabalhadora! Pode crer! E isso que ela nos pede agora, será de muita serventia para quando ela tiver de dar testemunho de fé, exemplificando pela experiência própria a armadilha que é querer interferir na vontade e nos caminhos das pessoas.

- Nossa Vó! Quanta coisa por detrás de um atendimento! A senhora realmente enxerga longe, com olhos espirituais e muito sábios!

- As vidas que vivi me ensinaram meu filho! Só aprendemos errando e tomando consciência de nossos erros. Só aprendemos depois que somos capazes de perdoar e amar a nós mesmos a tal ponto que o erro não mais nos assuste ou limite nas ações do bem que temos por dever tomar.

- Entendo Vovó! Agradeço a Deus e à senhora pelas lições desse dia!

- E assim vamos aprendendo juntos meu filho! Cada dia é uma lição no conjunto da vida bendita!

- Sim! E como é Vovó! Sua benção!

- Deus o abençoe filho, proteja e guarde em Seu Amor!

- Assim Seja!

Os trabalhos daquele dia foram encerrados. Vovó seguiu, satisfeita, para sua morada de Luz. Sua médium, já refeita do longo período de incorporação, mal podia crer em tudo o que ouvira naquele atendimento.

O Cambone de Vovó e a médium comentaram o caso entre eles, sem permitir que pessoas alheias tomassem parte da conversa.

Ambos estavam boquiabertos com a sabedoria e a paciência de Vovó Cambinda e muito curiosos pelo desenrolar do caso. A certeza de que a moça procuraria outro lugar, a fim de satisfazer seu desejo, já não mais rondava o pensamento do casal de trabalhadores, nem tampouco o preconceito ou o julgamento pela atitude da moça, eles haviam compreendido muito bem a lição que levariam pelo resto de suas vidas.

Vovó Cambinda da Guiné nos relata, a partir desse ponto do texto, a conclusão desse caso:

Meus filhos amados e abençoados!

Cuidem de seus corações a fim de que seus desejos não se tornem os grandes vilões de suas vidas benditas!

Essa moça que atendemos com todo o amor e carinho com o qual a todos recebemos em nossa casa, sempre de portas e braços abertos para acolher quem quer que seja, estava realmente muito necessitada e fascinada pelos espíritos que se negam em buscar, temporariamente, o amor de Deus Nosso Pai que está sempre pronto a nos receber e perdoar desde que seu Amor procuremos com sinceridade.

Médium que é, absorveu com facilidade a ação desses mesmos espíritos que nada mais queriam se não usá-la em seu próprio proveito. Essa absorção de pensamentos e ações negativas acontece pela falta de vigilância e zelo de muitos médiuns que andam por ai a beira de colapso nervoso.

Caso ela, a moça em questão, tivesse sido atendida por outro espírito encarnado descomprometido com o trabalho do bem, estaria a essas horas em maiores e sérias dificuldades, servindo de escrava da maldade que ronda, infelizmente, esse planeta tão lindo criado pelo Pai para o bem e progresso de todas as criaturas sobre ele viventes.

Foi pelo seu bom coração e obras, no entanto, que a Espiritualidade Superior a mim encaminhou essa filha. O objetivo era resgatá-la pelo seu próprio merecimento e assim foi feito, estejam certos disso, assim com a Graça de Deus foi feito!

Vejam como foi:

Depois de sair contrariada e muito nervosa do terreiro, foi ao encontro das tais “amigas” que a haviam aconselhado a fazer o tal trabalho de amarração. Constatou que, para algumas o trabalho não havia surtido efeito algum, só haviam perdido seu precioso dinheiro ganho com suor; para uma delas o trabalho teria sido “satisfatório” não fosse a vida de frustrações e brigas constantes que vivia com o “amado” amarrado chegando ao ponto de ter sido noticia nas páginas policiais que constantemente relatam crimes de violência contra a mulher.

Diante disso, nossa protagonista, analisando agora mais friamente a questão, se lembrou de minhas palavras e do preço alto que coloquei a ela claramente sem mencionar custo monetário.

Lembrou e sorriu. Foi para casa rezar e pensar. Conversou com Deus e, em poucos dias concluiu que seria muito ruim se ela um dia soubesse que alguém tivesse tido a infeliz ideia de amarrá-la. Seu coração doeu profundamente, pois percebeu que não se deve fazer aos outros aquilo que não se deseja para si mesmo.

Apesar de ainda sentir paixão pelo rapaz, decidiu depositar nas mãos de Deus o seu destino, na certeza que Ele daria o curso correto aos sentimentos conturbados de seu coração.

Ela voltou a nos procurar no terreiro. Envergonhada pediu desculpas a mim, a médium e ao Cambone, depois pediu, respeitosamente, conselhos para se sentir melhor com ela mesma e com a vida.

Cuidei dessa filha com muito amor, ela recebeu passes, limpeza energética e em pouco tempo já era outra pessoa, feliz, equilibrada, amorosa. Hoje faz parte do corpo mediúnico da casa servindo com alegria e amor a Luz Divina que todos acolhe, ama e respeita!

Saravá meus filhos!

Que a fé e o amor nunca vos faltem para que nessas virtudes amparados, vocês vivam em paz e abundancia!

Vovó Cambinda da Guiné

Anna Pon
01.02.2012


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